CÂNCER DE PRÓSTATA
É o tumor maligno mais comum nos homens. Estima-se que um em cada seis homens terão o diagnóstico da doença ao longo da vida. É responsável por 10% de todas as mortes por câncer no sexo masculino.
O câncer da próstata é uma doença complexa, com características que variam entre os pacientes. São várias as maneiras de conduzir o tratamento destes homens, e a chave para o sucesso é a individualização do tratamento, com ampla discussão dos pontos favoráveis e contrários de cada modalidade de tratamento.
Para homens com diagnóstico da doença em fase muito inicial, o tratamento imediato pode não ser necessário, e estes homens podem ser seguidos periodicamente com exames que acompanham a evolução da doença. Esse procedimento é conhecido como vigilância ativa, e vem sido progressivamente utilizado em todo mundo.
Os tratamentos mais estudados e consagrados na medicina atual são: a cirurgia de retirada do órgão, chamada de prostatectomia radical, a radioterapia e o uso de medicações que bloqueiam a produção dos hormônios masculinos. Novos tratamentos como a terapia focal com uso de ultrassom (HIFU) vem surgindo no mundo, mas ainda precisam de estudos mais detalhados que comprovem a efetividade do tratamento em comparação com as modalidades tradicionais.
A cirurgia robótica vem sendo amplamente utilizada em todo o mundo e hoje corresponde a mais de 90% das cirurgias nos Estados Unidos. Esta técnica está disponível no Brasil há mais de 10 anos, e há 3 anos em Curitiba.
CÂNCER DE RIM
Mais comumente em idosos, o câncer de rim costuma ser descoberto antes do aparecimento de sintomas, durante a realização de exame de imagem como ecografia ou tomografia do abdomen.
Menos comum, em alguns casos a doença pode causar sangramento urinário ou dor nas costas abaixo das costelas.
O principal tratamento para o câncer de rim é a cirurgia, que pode ser com a remoção completa do órgão (nefrectomia radical), ou com a retirada apenas do tumor. (nefrectomia parcial).
A cirurgia robótica vêm ganhando espaço no tratamento dos tumores de rim, em especial nas cirurgias parciais. A tecnologia permite um tratamento mais seguro, com menor taxa de sangramento e menor risco de complicações.
CÂNCER DE TESTÍCULO
Doença acomete predominantemente homens jovens (dos 15 aos 35 anos). O principal sinal é o aumento do volume do órgão, geralmente sem dor, acompanhado de endurecimento do testículo.
Como a doença costuma ter um rápido crescimento, recomenda-se que os homens procurem um urologista caso percebam qualquer mudança suspeita no órgão.
O diagnóstico é confirmado com a ecografia da região escrotal, além do uso da tomografia para estudar os pulmões e o abdômen.
A chance de cura com o tratamento adequado ultrapassa 95%. O tratamento indicado é a retirada completa do testículo pela região inguinal.
Existe a possibilidade da colocação de prótese de silicone para substituir o órgão removido. Em casos mais agressivos pode ser realizado quimioterapia ou radioterapia após a cirurgia. É muito importante discutir a questão da fertilidade antes do tratamento desses homens jovens.
CÂNCER DE BEXIGA
A doença habitualmente ocorre na população idosa, e inicia-se na mucosa da bexiga.
O principal sinal é o surgimento de sangue na urina. Existe uma importante associação do câncer de bexiga com o hábito de fumar.
Em tumores restritos à mucosa da bexiga, também chamados de superficiais, recomenda-se a ressecção do tumor por endoscopia urinária.
Conforme o resultado da cirurgia (biópsia), poderá ser necessário utilizar a vacina BCG dentro da bexiga, para reduzir as chances de novos episódios ou de evolução do quadro.
Nos casos de invasão tumoral das camadas mais profundas (muscular), pode ser indicado remoção completa da bexiga por cirurgia convencional aberta, ou por cirurgia robótica. Outras opções são: radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.